Resumo: O artigo provém de uma etnografia estrategicamente localizada, realizada entre 2006 e 2014 (mas atualizada até 2018), no festival do solstício de inverno Quechua-Aymara, o Inti Raymi-Machaq Mara, no Parque Avellaneda, em Buenos Aires. A partir de informações etnográficas, identifica-se como esta festa realizada por migrantes da região dos Andes centrais constitui um espaço social reconfigurado e inovador que cria novas territorializações a partir de processos de comunalização constituídos festivamente. Comparando sua história e estatização na Bolívia e no Peru com seu desenvolvimento na metrópole argentina, a proposta é abrir o debate sobre o uso do calendário na região e as consequentes implicações de sua recriação em nível simbólico para fins de reconhecimento social e político.

Resumen: El artículo deriva de una etnografía estratégicamente situada, realizada entre 2006 y 2014 (aunque actualizada hasta 2018), sobre la festividad del solticio de invierno quechua-aymara, el Inti Raymi-Machaq Mara, en el Parque Avellaneda de la ciudad de Buenos Aires. A partir de informaciones etnográficas, identifico como esta celebración realizada por migrantes de los Andes centrales constituye un espacio social reconfigurado y novedoso que recrea nuevas territorializaciones a partir de procesos de comunalización constituidos festivamente. Comparando su historia y estado-nacionalización en Bolivia y Perú con su desarrollo en esta metrópolis, propongo abrir el debate sobre el uso del calendario en la región y las consiguientes implicancias de su re-creación a nivel simbólico para los propósitos de reconocimiento social y político.